247 - Estudantes de doutorado pleno no exterior do programa federal de intercâmbio Ciência sem Fronteiras estão enfrentando problemas para renovar a concessão de suas bolsas –o que já tem deixado alguns deles sem dinheiro ou em situação ilegal no país em que estudam.
Reportagem da Folha de S. Paulo desta segunda-feira, 27, mostra vários casos de bolsistas que tiveram a bolsa mensal interrompida indefinidamente após parecer negativo da Capes, agência federal que participa do programa Ciência sem Fronteiras pelo MEC (Ministério da Educação).
Há 2.713 alunos de doutorado com bolsa plena do governo federal fora do país. A especulação entre os estudantes é que o governo está cortando bolsas no exterior para reduzir custos, diante da atual crise econômica. Para se ter uma ideia, o investimento mensal para manter um bolsista de doutorado pleno nos EUA –onde há 573 deles–, em cidade considerada "de alto custo", é de U$1.700 (quase R$6.000). No Reino Unido, que tem 504 bolsistas de doutorado pleno, o investimento mensal do governo com cada doutorando é de quase R$8.000 em cidades de alto custo.
A Capes negou que haja cortes e que renovação da concessão da bolsa não é automática.
Criado em 2011 como pupila do governo Dilma Rousseff com objetivo de enviar 101 mil estudantes para as melhores universidades do mundo, o Ciência sem Fronteiras tem sido alvo de críticas.
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