O estado-maior do golpismo peeemedebista, resumido aí na foto, caso chegasse ao poder, duraria quanto tempo?
Alguém acredita que, entregando o pescoço de Dilma, Eduardo Cunha não vai salvar o seu?
E que o de Temer, sob a sombra da espada de Gilmar Mendes na ação de cassação de mandato que corre no TRE não vai precisar de mais do que os seus bem engomados colarinhos para ser protegido?
A República do Paraná se dará por satisfeita?
A quantos dias de pressão política a trinca aí resiste, mesmo com a Globo?
Se as elites dominantes deste país – e a parte do Judiciário, incluída aí a parte do STF já desabridamente aderida ao golpe, porque impeachment sem crime de responsabilidade não tem outro nome – seguirem na marcha em que vão, este país será lançado numa escalada de conflitos que só um irresponsável poderia admitir.
Não só pelo confronto do golpismo com o antigolpismo.
Mas da máquina de moer reputações posta em marcha pelo golpismo.
A quantos dias qualquer um da foto resiste a uma devassa policial-judicial?
Se desembarcassem na Avenida Paulista ou na praia de Copacabana, o escorraçamento que tiveram Geraldo Alckmin e Aécio Neves iria parecer uma recepção de honra.
A aventura golpista é, a rigor, uma desventura.
Para o país, certamente, e também para o PMDB, que há muito se transformou num condomínio de negócios, uma espécie de chupim de governos, como um carrapato suga seu hospedeiro, mas não pode viver autonomamente.
Um golpe se legitima pela força e pela construção de uma base social, mesmo minoritária.
Não se verifica, afora os casos crônicos, qualquer interesse militar em tomar o poder.
Nem se vê, mesmo entre os direitistas mais insanos, qualquer apoio ao chefe da trinca ou aos demais.
Os heróis da turba são Moro e Bolsonaro.
Estão cuidando disso na base do “estes eu resolvo depois”.
É mais fácil que sejam “resolvidos”.
Ou que essa situação nos empurre para o impensável.
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