Pular para o conteúdo principal

Sem justificativa, impeachment transparece como golpe, diz ministro do STF


O ministro Marco Aurélio Mello (do Supremo Tribunal Federal) concordou com o argumento da presidente Dilma de que, se o impeachment for calcado em fatos que não configurem crime de responsabilidade, ocorrerá um golpe. Além disso, disse ela, os fatos narrados no processo referem-se a 2014 – portanto, as acusações são de fatos anteriores ao mandato atual.

— Acertada a premissa, ela tem toda razão. Se não houver fato jurídico que respalde o processo de impedimento, esse processo não se enquadra em figurino legal e transparece como golpe — concluiu Marco Aurélio.

(...)

Marco Aurélio declarou que, se o Congresso Nacional decidir pelo impeachment, existe a possibilidade de o governo apresentar recurso ao STF

— Pode (recorrer). O Judiciário é a última trincheira da cidadania. E pode ter um questionamento para demonstrar que não há fato jurídico, muito embora haja fato político, suficiente ao impedimento. E não interessa de início ao Brasil apear esse ou aquele chefe do Executivo nacional ou estadual. Porque, a meu ver, isso gera até mesmo muita insegurança. O ideal seria o entendimento entre os dois poderes, como preconizado pela Constituição Federal para combater-se a crise que afeta o trabalhador, a mesa do trabalhador, que é a crise econômico-financeira. Por que não se sentam à mesa para discutir as medidas indispensáveis nesse momento? Por que insistem em inviabilizar a governança pátria. Nós não sabemos — concluiu.

Confira entrevista:


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Desmascarando o passado nebuloso de Bolsonaro

Jair Bolsonaro, deputado federal do Rio de Janeiro, está despontando para ser o candidato da ultra-direita a corrida presidencial em 2018, com uma legião que o segue e idolatra cegamente, o deputado vem ganhando mídia por seus posicionamentos conservadores. Com a alcunha de "mito" por se dizer totalmente honesto, Bolsonaro possui um passado um pouco tanto nebuloso e que pode ludibriar totalmente quem não conhece sua história.  Confira no vídeo abaixo um pouco mais sobre o "Bolsomito": 

Manifestantes anti-Lula agridem defensores do ex-presidente.

PRIMEIRO CONFRONTO Segundo movimentos sociais, a pedra que feriu a militante da CMP partiu de manifestantes contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela foi levada para a enfermaria do fórum. O ato pró-Lula foi organizado pela Frente Brasil Popular, que reúne entidades sociais e sindicais, entre elas a CUT. A central sindical levou para a capital paulista grupos da CUT de diversos estados como Ceará, Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Mato Grosso. Representantes de partidos — PT, PC do B e PCO — também participam do protesto. No lado anti-Lula, estão pessoas ligadas ao Movimento Brasil Livre (MBL). Três deputados federais do PT foram ao fórum: Wadih Damous (RJ), Paulo Pimenta (RS) e Paulo Teixeira (SP), este último responsável pelo pedido de suspensão junto ao CNMP. Os participantes foram separados por pelo menos 5 metros, em uma barreira montada pela Polícia Militar. A moça machucada foi identificada como Fernanda, da CMP Fazenda da Juta. Leia mais sobre

Juristas ingleses dizem que Lava Jato afronta Estado de Direito

Para os analistas ingleses, vários padrões internacionais de direitos humanos, inclusive tratados dos quais o Brasil é signatário, são desrespeitados. O uso generalizado de prisões anteriores a um julgamento afronta os princípios mais básicos do Estado Democrático de Direito. Por isso, a forma com que a operação “lava jato” vem sendo conduzida pela Justiça Federal “levanta sérios problemas relacionados ao uso de prisões processuais, o direito ao silêncio e à presunção de inocência”. A conclusão é de um parecer escrito por advogados da banca britânica Blackstone Chambers, sob encomenda dos escritórios que patrocinam a defesa dos executivos da Odebrecht na “lava jato”. Eles foram chamados a analisar as prisões processuais “no contexto da ‘lava jato’ [ou Car Wash, como traduziram]” e confrontá-las com os tratados internacionais e com as tradições do Direito Comparado. Para os advogados ingleses, a condução da operação tem violado os princípios da presunção de inocência e o direit