Paulo Nogueira - Centenas de vazamentos vis, criminosos, inconsequentes, manipulados, destinados apenas a sabotar Dilma, Lula e o PT.
E Gilmar Mendes calado.
Um vazamento em que seu amigo Toffoli é citado e Gilmar tem um ataque histérico. Liga para Mônica Bergamo, da Folha, e critica os procuradores da Lava Jato, aos quais certamente atribui o vazamentos, com a dureza que habitualmente reserva ao PT.
Depois, irrompe no Estadão dizendo que “o cemitério está cheio desses herois”, os procuradores.
Quer dizer: só agora Gilmar descobre o caráter abjeto dos vazamentos?
O vazamento, em si, é uma notícia de rodapé. Uma construtora teria feito um serviço simples, e gratuito, na casa de Toffoli.
Não é exatamente um ato pelo qual Toffoli e a construtora mereçam ser condecorados, mas muito muito é motivo para uma capa da Veja. Só que em seu jornalismo de guerra, e em seu desespero para adiar sua morte inevitável, a Veja é capaz de tudo.
Paulo Nogueira - Toffoli, na versão de Gilmar, foi vítima de vingança dos procuradores por haver mandado soltar Paulo Bernardo.
Há uma ironia em que o veículo que deu a facada em Toffoli seja a Veja, amicíssima de Gilmar. Gilmar jamais se constrangeu em tirar fotos ao lado de jornalistas da Veja. Outra ironia é que ele próprio cansou de vazar coisas à Veja contra Lula. Estavam unidos, Veja e ele, na campanha para destruir a reputação de Lula.
Fora das ironias, é um sinal portentoso do uso político, pessoal e desonesto de tantos vazamentos. É também um retrato acabado do caráter de Moro e sua Lava Jato.
Gilmar sempre soube de tudo isso.
Mas, como os vazamentos alcançavam seus inimigos, se calou.
Ele parece ter acabado de descobrir uma verdade terrível: abusos como os da Lava Lava Jato, quando não imediatamente denunciados e reprimidos, podem atingir qualquer um.
Até seu amigo Toffoli. E até ele próprio, Gilmar.
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