Pular para o conteúdo principal

Dilma encara Aécio, que apostou tudo na crise


Minas 247 – Em seu discurso histórico, em que disse temer a morte da democracia no Brasil (leia aqui), a presidente eleita Dilma Rousseff fez uma referência ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o apontou como um dos responsáveis pela atual crise política e econômica, por não ter aceitado a derrota eleitoral em 2014 e, em seguida, feito uma aliança com Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para sabotar o governo no Congresso, aprovar pautas-bomba e, desta forma, agravar o quadro fiscal.

"Desde a proclamação dos resultados eleitorais, os partidos que apoiavam o candidato derrotado nas eleições fizeram de tudo para impedir a minha posse e a estabilidade do meu governo. Disseram que as eleições haviam sido fraudadas, pediram auditoria nas urnas, impugnaram minhas contas eleitorais, e após a minha posse, buscaram de forma desmedida quaisquer fatos que pudessem justificar retoricamente um processo de impeachment", disse Dilma. "Como é próprio das elites conservadoras e autoritárias, não viam na vontade do povo o elemento legitimador de um governo. Queriam o poder a qualquer preço."

Aécio, de fato, fez de tudo para tumultuar o País desde que perdeu as eleições. Questionou as urnas eletrônicas, entrou com a ação no Tribunal Superior Eleitoral e apostou no "quanto pior, melhor". Na semana passada, ele despontou na capa de Veja, como um dos delatados de Léo Pinheiro, da OAS, por supostas propinas de 3% na Cidade Administrativa, em Minas Gerais (leia mais aqui).

Aécio questionou em que medida Dilma se sentia responsável pela crise econômica e pelos 12 milhões de desempregados e lembrou que a campanha de Dilma em 2014 está sendo investigada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Na resposta, Dilma lembrou a Aécio que também foi aberta investigação contra a campanha do PSDB. Em seguida, lembrou efeitos da crise internacional, como a queda dos preços das commodities, a retração norte-americana e também a seca no Brasil, assim como a desaceleração da China.

"O que não estava no cômputo foi uma crise política como a que o Brasil vivenciou, pautada pela oposição de então. Essa crise agravou muito a situação econômica. Em seguida, elege-se Eduardo Cunha presidente da Câmara. Depois disso, os projetos que nós enviamos para buscar uma saída fiscal para a nossa situação foram sabotados. Some-se a isso as pautas-bomba", disse ela. "Não podemos aceitar que se faça a política do quanto pior, melhor", afirmou.


Confira também, Ciro Gomes entrevista à Revista Fórum 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Projeto de Serra para o pré-sal vai tirar 360 bilhões da Educação

Especialistas dizem que mudança nas regras do jogo vai impedir cumprimento das 20 metas do Plano Nacional de Educação. Confira no vídeo abaixo. 

Maçonaria quer tirar Dilma para pôr Michel Temer, um maçom!

A Maçonaria aderiu. O movimento Avança Maçons BR se junta à fileira dos grupos de rua que pressionam pela saída antecipada da presidente Dilma Rousseff. O presidente do grupo, Nilton Caccaos, diz que o objetivo é ter ao menos um integrante do movimento pelo impeachment em cada loja maçônica espalhada pelos 5.570 municípios. Ele atuaria como multiplicador  –  já são 1.500. A Maçonaria tem cerca de 250 mil integrantes no Brasil.

Brizola: Se a Globo for a favor, somos contra. Se for contra, somos a favor

Uma das inesquecíveis personalidades políticas que o Brasil já teve, não pode ser esquecida, ou melhor, tem que ser constantemente, relembrada. É dizer: a pessoa que lutou ferozmente contra a ditadura, foi exilado e tem um grandioso currículo, seu nome: Leonel Brizola! O discurso Brizolista Brizola era facilmente reconhecido por sua forma de falar e por seu pensamento. Sua fala, carregada do sotaque e de expressões gaúchas que parecia cultivar, era quase que uma marca registrada. Não era difícil imitá-lo. Sua retórica era inflamada. Não perdia oportunidade para criar caricaturas verbais de seus oponentes, como ao chamar Lula de “Sapo Barbudo”, Paulo Maluf de “Filhote da ditadura” e Moreira Franco de “Gato Angorá”. Era um orador carismático, capaz de provocar reações fortes entre partidários e adversários. Seu discurso era baseado em pontos como a valorização da educação pública e a questão das “perdas internacionais” (pagamento de encargos da dívida externa e envio de lucros ao exter...