Pular para o conteúdo principal

Intelectuais confirmam: Dilma foi vítima de golpe


247 – A LASA (Latin American Studies Association), maior comunidade acadêmica dos Estados Unidos dedicada a estudos sobre a América Latina, confirmou o golpe parlamentar ocorrido no Brasil contra a presidente eleita Dilma Rousseff.

A entidade, composta por pesquisadores do mundo todo – 60% dos filiados moram fora dos Estados Unidos – divulgou uma nota em que classifica o processo de impeachment contra Dilma de "arbitrário" e "antidemocrático".

O posicionamento da entidade foi decidido em uma votação interna, na qual 87% dos membros reconheceram que o afastamento de Dilma é um "atentado contra a democracia brasileira".

Em julho deste ano, uma comissão de pesquisadores de vários países montada pela LASA esteve no Brasil para analisar o processo de impeachment. O grupo chegou a ter um encontro com o ex-presidente Lula.

A LASA ganhou destaque no País em maio, quando incluiu uma palestra do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na programação de um evento que organizou em Nova York, em comemoração aos 50 anos da entidade, no qual debateria a democracia.

Um abaixo-assinado de acadêmicos filiados à entidade pediu para que fosse retirada a palestra de FHC. A LASA retirou o nome "democracia" do título do debate, mas o ex-presidente tucano, que também foi alvo de protestos na cidade dos Estados Unidos, informou que não participaria do encontro. Confira um vídeo de protesto em NY aqui.

Leia abaixo a íntegra da nota:

A forma arbitrária na qual o processo de impeachment está sendo realizado contra a presidenta Dilma Rousseff constitui um atentado contra a democracia brasileira;

Considerando que a democracia é uma condição indispensável para alcançar um futuro digno e socialmente justo para todos; e considerando que a comunidade internacional esteve presente e solidária com as lutas em defesa da democracia;

A Lasa denuncia o atual processo de impeachment no Brasil como antidemocrático e encoraja seus membros a chamar a atenção do mundo para os precedentes perigosos que o impeachment estabelece para toda a região.

VOTAÇÃO:

Membros individuais LASA - Agosto de 2016: 7.457
Total de votos recebidos: 2.589 ou 35%
A favor: 2263 ou 87%
Contra: 326 ou 13%


Confira também, Ciro Gomes detona Arnaldo Jabor e Miriam Leitão 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Desmascarando o passado nebuloso de Bolsonaro

Jair Bolsonaro, deputado federal do Rio de Janeiro, está despontando para ser o candidato da ultra-direita a corrida presidencial em 2018, com uma legião que o segue e idolatra cegamente, o deputado vem ganhando mídia por seus posicionamentos conservadores. Com a alcunha de "mito" por se dizer totalmente honesto, Bolsonaro possui um passado um pouco tanto nebuloso e que pode ludibriar totalmente quem não conhece sua história.  Confira no vídeo abaixo um pouco mais sobre o "Bolsomito": 

Manifestantes anti-Lula agridem defensores do ex-presidente.

PRIMEIRO CONFRONTO Segundo movimentos sociais, a pedra que feriu a militante da CMP partiu de manifestantes contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela foi levada para a enfermaria do fórum. O ato pró-Lula foi organizado pela Frente Brasil Popular, que reúne entidades sociais e sindicais, entre elas a CUT. A central sindical levou para a capital paulista grupos da CUT de diversos estados como Ceará, Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Mato Grosso. Representantes de partidos — PT, PC do B e PCO — também participam do protesto. No lado anti-Lula, estão pessoas ligadas ao Movimento Brasil Livre (MBL). Três deputados federais do PT foram ao fórum: Wadih Damous (RJ), Paulo Pimenta (RS) e Paulo Teixeira (SP), este último responsável pelo pedido de suspensão junto ao CNMP. Os participantes foram separados por pelo menos 5 metros, em uma barreira montada pela Polícia Militar. A moça machucada foi identificada como Fernanda, da CMP Fazenda da Juta. Leia mais sobre

Juristas ingleses dizem que Lava Jato afronta Estado de Direito

Para os analistas ingleses, vários padrões internacionais de direitos humanos, inclusive tratados dos quais o Brasil é signatário, são desrespeitados. O uso generalizado de prisões anteriores a um julgamento afronta os princípios mais básicos do Estado Democrático de Direito. Por isso, a forma com que a operação “lava jato” vem sendo conduzida pela Justiça Federal “levanta sérios problemas relacionados ao uso de prisões processuais, o direito ao silêncio e à presunção de inocência”. A conclusão é de um parecer escrito por advogados da banca britânica Blackstone Chambers, sob encomenda dos escritórios que patrocinam a defesa dos executivos da Odebrecht na “lava jato”. Eles foram chamados a analisar as prisões processuais “no contexto da ‘lava jato’ [ou Car Wash, como traduziram]” e confrontá-las com os tratados internacionais e com as tradições do Direito Comparado. Para os advogados ingleses, a condução da operação tem violado os princípios da presunção de inocência e o direit