Pular para o conteúdo principal

“Não temos provas, mas convicção”: o powerpoint de Dallagnol nos jogou de vez no Paraguai


DCM - O show de Deltan Dallagnol na denúncia contra Lula teve como ápices uma confissão e uma apresentação em power point que resumem a tibieza dos argumentos.

Com um discurso recheado de chavões vazios, copiados de colunistas de direita, absolutamente político, o líder da força tarefa da Lava Jato, que apresenta em igrejas evangélicas suas soluções para a corrupção, falou que Lula é “o grande general que determinou a realização e a continuidade da prática dos crimes”.

É também o “comandante máximo do esquema de corrupção identificado no petrolão”. Fazendo uma conta de chegada o esquema na Petrobras movimentou 6,2 bilhões de reais em propinas.

Lula estava, diz ele, “no topo da pirâmide do poder”.

A fim de aparecer para as câmeras e, quem sabe, ganhar uma palavra dicionarizada como “petralha”,

tudo era parte de “um quadro muito maior chamado “propinocracia”.

O ex-presidente “escolhia os nomes para os altos cargos do governo” e “é o verdadeiro maestro desta orquestra criminosa”.

No diagrama vagabundo que faria corar o gerente de marketing das Casas Tamakavy, várias bolinhas com setas apoiadas para um círculo com o nome de Lula foram preenchidas com expressões como “reação de Lula” (!?).

O powerpoint rendeu uma série de paródias muito boas e muito mais reveladoras do que o original. Depois de seu solo de guitarra, com ampla cobertura da TV, ele finalmente foi ao que interessa quando respondeu a um jornalista na coletiva: “Não temos como provar. Mas temos convicção”.

Espera um pouco.

Transformaram o Brasil no Paraguai. O golpe chega a seu real objetivo. A derrubada de Dilma era um pit stop. Trata-se de tirar Lula da disputa de 2018.


Confira também, O pronunciamento mais honesto de Michel Temer 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Desmascarando o passado nebuloso de Bolsonaro

Jair Bolsonaro, deputado federal do Rio de Janeiro, está despontando para ser o candidato da ultra-direita a corrida presidencial em 2018, com uma legião que o segue e idolatra cegamente, o deputado vem ganhando mídia por seus posicionamentos conservadores. Com a alcunha de "mito" por se dizer totalmente honesto, Bolsonaro possui um passado um pouco tanto nebuloso e que pode ludibriar totalmente quem não conhece sua história.  Confira no vídeo abaixo um pouco mais sobre o "Bolsomito": 

Manifestantes anti-Lula agridem defensores do ex-presidente.

PRIMEIRO CONFRONTO Segundo movimentos sociais, a pedra que feriu a militante da CMP partiu de manifestantes contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela foi levada para a enfermaria do fórum. O ato pró-Lula foi organizado pela Frente Brasil Popular, que reúne entidades sociais e sindicais, entre elas a CUT. A central sindical levou para a capital paulista grupos da CUT de diversos estados como Ceará, Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Mato Grosso. Representantes de partidos — PT, PC do B e PCO — também participam do protesto. No lado anti-Lula, estão pessoas ligadas ao Movimento Brasil Livre (MBL). Três deputados federais do PT foram ao fórum: Wadih Damous (RJ), Paulo Pimenta (RS) e Paulo Teixeira (SP), este último responsável pelo pedido de suspensão junto ao CNMP. Os participantes foram separados por pelo menos 5 metros, em uma barreira montada pela Polícia Militar. A moça machucada foi identificada como Fernanda, da CMP Fazenda da Juta. Leia mais sobre

Juristas ingleses dizem que Lava Jato afronta Estado de Direito

Para os analistas ingleses, vários padrões internacionais de direitos humanos, inclusive tratados dos quais o Brasil é signatário, são desrespeitados. O uso generalizado de prisões anteriores a um julgamento afronta os princípios mais básicos do Estado Democrático de Direito. Por isso, a forma com que a operação “lava jato” vem sendo conduzida pela Justiça Federal “levanta sérios problemas relacionados ao uso de prisões processuais, o direito ao silêncio e à presunção de inocência”. A conclusão é de um parecer escrito por advogados da banca britânica Blackstone Chambers, sob encomenda dos escritórios que patrocinam a defesa dos executivos da Odebrecht na “lava jato”. Eles foram chamados a analisar as prisões processuais “no contexto da ‘lava jato’ [ou Car Wash, como traduziram]” e confrontá-las com os tratados internacionais e com as tradições do Direito Comparado. Para os advogados ingleses, a condução da operação tem violado os princípios da presunção de inocência e o direit