A guerra pelo poder, na prefeitura de Belo Horizonte, em Minas Gerais, fez o clima ferver em um debate entre os dois candidatos que disputam o segundo turno nestas eleições.
Na última sexta-feira (21), Alexandre Kalil (PHS) reagiu a um ataque de seu concorrente, o tucano João Leite, dizendo algo surpreendente. Em clima acalorado acabou fazendo uma confissão ao vivo, durante o debate entre prefeituráveis promovido pela emissora Rede TV.
Para revidar do comentário de seu adversário, que sugeriu que ele fosse um político corrupto, Alexandre Kalil, que liderava as pesquisas de intenção de voto, disse que pode até roubar, mas não exige propina em Furnas. “A lista é grande e tem muito debate pela frente. Tá no site, tá no site”.
A declaração, já chamada pelos comentaristas políticos de “sincericídio” foi precedida de perplexidade entre os presentes. No momento seguinte, Leite o desafiou a provar a acusação na Justiça.
Kalil continuou a disparar sua metralhadora de acusações, dizendo que o candidato tucano tinha rabo preso e que seu nome estava nas delações sobre Furnas, com recebimento de propina de R$ 150 mil.
Kalil, que já foi presidente do clube Atlético de Minas Gerais, foi eleito com quase 53% dos votos.
Após a declaração polêmica, entraram em cena as mediadores do debate, Mariana Godoy e Amanda Klein para trazer de volta a normalidade. Elas até buscaram conter o nervosismo de João Leite, que a todo o momento exigia um direito de resposta para rebater a fala do adversário político, mas não conseguiram. “Um minuto candidato, por favor”, diz Amanda Klein. “Agora os microfones estão cortados”, disse Mariana Godoy. Porém, mesmo sem o áudio, as discussões continuaram.
A julgar pelo nível das acusações e pelo passado de ambos os candidatos, o povo de Belo Horizonte foi às urnas no domingo com a sensação de que não há esperança para melhorar a política na capital de um dos estados mais importantes do Brasil.
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