247 - Principal assunto desta quinta-feira, 30, a condenação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) a 15 anos e 4 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro no âmbito da Lava Jato passou despercebida pelos líderes do PSDB.
O partido presidido pelo senador Aécio Neves foi sócio majoritário de Eduardo Cunha na articulação e deflagração do golpe parlamentar que retirou do poder a presidente eleita Dilma Rousseff. No entanto, nenhum líder tucano da Câmara nem do Senado ousou se pronunciar sobre a primeira condenação de Cunha na Lava Jato, por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas de propina recebida compra do campo petrolífero de Benin, pela Petrobras (leia aqui).
No dia 21 de outubro de 2015, num evento que reuniu o principais líderes da então oposição ao governo, o PSDB, liderado pelo deputado Carlos Sampaio (SP) entregou a Cunha o pedido de impeachment de Dilma, assinado pelos juristas Helio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. A acusação era de crime de responsabilidade pelas chamadas "pedaladas fiscais", cuja tipificação nunca foi provada. Naquele momento, o PSDB era o protagonista do sentimento "somos todos Cunha".
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Ontem, depois que o peemedebista cumpriu o papel de incendiário da democracia brasileira e foi relegado a uma cela do Complexo Penal de Pinhais, o PSDB finge que não o conhece.
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