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Lava Jato protege Alckmin e cancela depoimento de delator que tinha provas contra o tucano


Jornal GGN – Os avanços da Operação Lava Jato sobre nomes do PSDB de São Paulo sofreram um revés: Luiz Bueno, um dos delatores que poderia entregar o esquema de financiamento por caixa dois da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB), em 2014, foi excluído da investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) enviada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Bueno chegou a prestar delação, mas o conteúdo foi mantido em sigilo e não foi usado pela PGR.


Segundo depoimentos de empresários da Odebrecht aos investigadores, Alckmin recebeu R$ 8,3 milhões em 2014 e outros R$ 2 milhões em 2010 de recursos não contabilizados da empreiteira, em esquema de caixa dois.




Entre os executivos que informaram os repasses está Benedicto Júnior, presidente da construtora Odebrecht em São Paulo. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, foi ele que anunciou a importância de Luiz Bueno, responsável por negociar valores de campanhas e os repasses a um interlocutor do tucano em São Paulo.


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Junto a Marcos Monteiro, hoje o secretário do governo paulista, Bueno foi o articulador da operação ilícita, segundo os executivos da Odebrecht.

Outro diretor da empreiteira, Arnaldo Cumplido, contou aos procuradores da Lava Jato que Bueno “mandava cada programação com codinome e o valor”. “Eu não tinha contato com o governador ou com o Marcos Monteiro”, explicou, completando: “o Bueno que me avisava que era para fazer aporte de recursos na modalidade de caixa dois para a campanha do governador Geraldo Alckmin”.


Os investigadores chegaram a questionar Arnaldo Cumplido e Benedicto Junior sobre “quem saberia explicar em detalhes a contrapartida e o motivo pelo qual os pagamentos foram feitos”. Cumplido foi direto, disse que dentro do que imagina, “o Luiz Bueno”.

Ao jornal Folha de S. Paulo, a Procuradoria não trouxe explicações ou esclarecimentos sobre por que Bueno não foi incluído no documento entregue ao STF, e depois encaminhado ao STJ. Mas alertou que a Justiça pode requerer os depoimentos do suposto interlocutor dos repasses, se for dada sequência ao caso.

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