Há coisa de dois meses, o destino do prefeito de São Paulo, João Doria, parecia o estrelato nacional. Dada a escassez de nomes viáveis para as próximas eleições presidenciais, Doria passou a ser visto como um nome quase certo para 2018. Os mais céticos, claro, pediam um pouco mais de tempo: Doria havia acabado de assumir e seu histórico era, basicamente, nenhum.
Uma pesquisa nacional feita pelo instituto Ipsos mostra que a imagem de gestor eficiente começa a sofrer abalos. Segundo o levantamento, 52% dos 1.200 entrevistados reprovam a atuação de Doria. A pesquisa foi realizada entre os dias 1o e 13 de junho.
Um mês antes, a reprovação do prefeito de São Paulo não passava de 39%. Hoje, o índice de Doria é igual ao do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, está um pouco abaixo do patamar do deputado Jair Bolsonaro, de 54%, e ainda é bem inferior ao do padrinho Geraldo Alckmin, rejeitado por 71% dos entrevistados.
O número de pessoas que aprovam Doria tem se mantido estável em 16% dos entrevistados nacionalmente. Segundo os pesquisadores, a freada de Doria é explicada pela mudança de humor dos antes indecisos.
O resultado piorou depois das ações de desocupação de uma área central da cidade de São Paulo conhecida como Cracolândia. De acordo com o Ipsos, os números também podem refletir o marketing feito pelo prefeito no início de mandato, que teria gerado uma expectativa altíssima de resultados imediatos.
Comentários
Postar um comentário