Por Kiko Nogueira - O dado está na mais recente pesquisa Ipsos. Na desesperança generalizada que tomou conta do Brasil, 95% acham que estamos no rumo errado e 96% afirmam que a Lava Jato deve continuar “com as investigações até o fim, custe o que custar”.
Mas a estátua de sal do juiz Sergio Moro está rachada. Temer (93%), Dilma (82%) e Lula (68%) são campeões de rejeição. Moro passou a ocupar um lugar de destaque na galeria.
Em maio, 22% declararam desaprová-lo “totalmente ou um pouco”. Esse percentual subiu para 28% em junho (no caso de Joaquim Barbosa, foi de 26% para 37%).
Moro é visto como político e sofre desgaste como tal.
A queda significa que, ao contrário do que acreditam ele e a Globo, seu principal cabo eleitoral, os brasileiros se cansam de ser enganados por quem se julga acima do bem e do mal.
Mais de três anos de perseguição a um político e um partido não melhoraram a vida de ninguém, não injetaram otimismo, não fizeram a economia reagir, não deram mais perspectiva — a não ser à turma de Curitiba, com convites para palestras e novos negócios.
Dallagnol e seu powerpoint, as coletivas dignas de jogos da seleção da CBF, as entrevistas arrogantes, o Japonês da Federal, o culto à personalidade… Tudo isso, visto hoje, é desolador.
O que Moro conseguiu com sua cruzada de falso moralismo mono obsessiva foi sua autodestruição, mais que a de Lula, que sobe em toda pesquisa porque representa, para muitos, um fio de esperança.
Destituída Dilma na farsa jurídica do impeachment, que contou com a imensa ajuda da Lava Jato, o que temos é um bando de ladrões que seguiram o roteiro de Romero Jucá.
Foi para isso?
Moro se vendeu e se deixou vender como salvador da pátria para milhares de idiotas úteis. Como esquecer, para ficar num exemplo, Luana Piovani, Fagner e amigos, que foram visitá-lo em seu escritório para fazer selfies?
Onde estão eles?
Sergio Moro cansou. Como diziam os teletubbies, é hora de dar tchau.
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